domingo, 18 de janeiro de 2009

FERNANDO DE NORONHA, UM LUGAR ESPECIAL

Fernando de Noronha, não é só uma ilha afastada do litoral pernambucano, no extremo leste do país, é um fantástico arquipélago formado por vinte e uma ilhas, numa extensão de 26 km². Na ilha principal, a única que pode ser visitada sem autorização do IBAMA, o turista encontra diversos morros, formações rochosas, praias paradisíacas, sítios arqueológicos, com toda a infra estrutura de uma cidade turística, como aeroporto, hospital, restaurantes, bares e aconchegantes pousadas. Considerada Área de Proteção Ambiental (APA), Fernando de Noronha reserva surpresas para os turistas, sempre com a proteção de seus melhores moradores, os golfinhos rotadores (Stenella longirostris). Com seus 500 anos de história, o Arquipélago, além de ser um Patrimônio Natural, é um verdadeiro Patrimônio Histórico que merece ser conhecido, apreciado e o mais importante, ser preservado.
Registros informam a existência do arquipélago em cartas náuticas espanholas e portuguesas desde 1500, mas a descoberta foi oficialmente atribuída ao navegador Américo Vespúcio, em 1503, na segunda expedição exploratória às costas brasileiras, comandada por Gonçalo Coelho e financiada pelo fidalgo português Fernão de Loronha. "O paraíso é aqui", assim Américo Vespúcio descreveu a Ilha em 1503, que chamou de São Lourenço. Abandonada por anos passou por algumas invasões estrangeiras, o que motivou Portugal a construir ali, edificações com o objetivo de proteger a costa da então Capitânia de Pernambuco, em 1737, construções que foram erguidas por condenados de longas penas. A partir 1832, o arquipélago chamou a atenção dos cientistas, que visitaram as ilhas atraídos pela grande biodiversidade que elas possuíam. Cientistas famosos como Charles Darwin, o pai da “Teoria da Evolução das Espécies”, que durante um certo tempo permaneceu na região, para estudos sobre a sua revolucionária teoria. Durante a Segunda Guerra Mundial, Fernão de Noronha desempenhou um importante papel, como “Base de Apoio” na aliança com a Marinha norte-americana, para evitar qualquer invasão alemã e como ponto de observação e proteção dos mares do sul. Em 1988, por força da Constituinte, foi reintegrado ao Estado de Pernambuco, sendo hoje um Distrito Estadual. Também em 1988 foi criado o Parque Nacional Marinho, coexistindo, no espaço de 26 km², o PARNAMAR/FN e a Área de Proteção Ambiental estadual. Em 13 de dezembro de 2001, a UNESCO considerou o arquipélago como “Sítio do Patrimônio Mundial Natural”. Em 2003, comemorou-se 500 anos da entrada de Fernando de Noronha na história do Brasil, descoberta por um dos maiores navegadores da história, o italiano Américo Vespúcio, que deu seu nome ao segundo maior continente do mundo, com seus 36 países marcados por diferenças econômicas, culturais e sociais.
Apesar de ser uma pequena ilha com cerca de 3.500 habitantes, Fernando de Noronha oferece aos turistas diversas atividades, a grande maioria voltada ao turismo ecológico e a preservação do meio ambiente. São praias paradisíacas como a Praia da Conceição, uma das mais belas e mais freqüentadas por visitantes, a praia de Boldró, com suas formações de corais, propícias para o mergulho, a praia Cacimba do Padre, uma das mais famosas praias de Noronha, ideal para a prática do surf, onde se pode avistar o principal cartão postal do arquipélago, o Morro Dois Irmãos, a praia Baía dos Porcos, que dispõe de algumas piscinas naturais formadas por pedras e arrecifes, a praia da Baía do Sancho, cercada por um paredão que serve de abrigo para algumas espécies de aves marinhas e a praia Baía dos Golfinhos. Fernando de Noronha é o local ideal para o Mergulho recreativo, graças as suas águas límpidas e quentes, a profundidade dos mergulhos pode chegar a 30 ou 40 metros sem a necessidade de usar equipamento especial para a pratica do esporte, que atrai mergulhadores do mundo todo. Além de tudo isso, o turista conta com uma culinária toda especial, que inclui desde a gastronomia internacional a degustação dos frutos do mar, os mais atrativos da região, a visita ao arquipélago deve ser superior a cinco dias, para que o turista possa desfrutar de tudo que este lugar tão especial possa oferecer em conforto, comodidade, descanso, belas paisagens e aventura.
Preocupados em incrementar o turismo e melhorar a qualidade de serviços oferecidos ao turista, os administradores do arquipélago, juntamente com outros órgãos, classificam e acompanham os estabelecimentos de hospedagem e serviços, para garantir a satisfação do visitante, evitando assim qualquer mal estar que possa ser causado, demonstrado respeito e profissionalismo com seus clientes, algo básico que todo administrador do turismo deve ter, isso se chama “turismo sustentável”, ou seja, manter a imagem e a preservação do local, sem explorar o turismo e o turista de forma predatória, fazendo que este mesmo turista se sinta importante e que ao retornar para sua cidade, fale muito bem do local que visitou, a chamada propaganda “boca a boca”, a forma mais barata e eficiente de marketing para um empreendimento comercial. Fernando de Noronha não é um destino “turístico de massa” e sim de “minoria”, portanto um turismo de qualidade, que o torna um “lugar especial” para sua viagem de férias, seja para descansar ou curtir atividades esportivas, ecológicas ou culturais.

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