terça-feira, 31 de março de 2009

NOVA ORLEANS, A CAPITAL CULTURAL DOS ESTADOS UNIDOS

Se o Brasil tem como referência a cidade de Salvador na Bahia como a cidade da festa sem fim, da alegria, da música e da gastronomia, nos Estados Unidos, Nova Orleans, no estado de Luisiana, no sul do país, é a cidade que mais se parece com a nossa capital do eterno carnaval. Com uma mistura cultural que envolve negros, franceses e espanhóis, que se diferencia do resto do território americano, Nova Orleans é sinônimo de diversão, seu comportamento é liberal, principalmente quando ocorre sua maior festa popular, o “Mardi Gras”.
Fundada em 1718, por exploradores franceses, seu nome é uma homenagem dada a Filipe, Duque de Orléans, que era então o regente e o chefe de estado da França. Por estar bem próxima ao Golfo do México e do Rio Mississippi, Nova Orleans é o principal porto americano e um dos mais movimentados do mundo. Sua história é muito parecida com Salvador, na Bahia, aqui no Brasil, que era o principal portão de chegada de escravos. A cidade também foi palco da Guerra Civil Americana entre os estados do sul e do norte.
Hoje Nova Orleans é conhecida mundialmente por ser a “Capital Mundial do Jazz”, por seus bares, teatros, pela gastronomia “apimentada” e por seus festivais, como “Jazz Fest”, um dos melhores e maiores festivais de jazz do planeta, que apresenta as grandes personalidades deste estilo musical, dos Estados Unidos e do mundo, com 11 palcos com shows simultâneos e cerca de 400 atrações, em sete dias de pura festa. Há outros festivais de extrema importância como o Southern Decadence (um divertido encontro gay) e o Sugar Bowl, com os tradicionais jogos de futebol americano entre faculdades.
Nova Orleans é ótima para se visitar em qualquer época do ano, seu clima é subtropical, com invernos amenos e verões quentes e úmidos. Sua vida noturna é intensa, graças aos bares, clubes noturnos, restaurantes com muita música, bebida e a tradicional comida do sul dos Estados Unidos. Além dos velhos casarões, o principal ponto turístico é o French Quarter, com suas casas de cores fortes e com belas varandas, com os grupos de jazz que tocam o tempo todo em bares e restaurantes e os tradicionais desfiles de bandas itinerantes. Na Bourbon Street, gerações de famílias vivem na mesma rua, recebendo os turistas com os “Beads”, os colares de bolinhas coloridas, que segundo os moradores trazem boa sorte a quem estiver usando. É no French Quarter que ocorre o festival de “Mardi Gras”. Na verdade a festa começa a partir de janeiro com eventos organizados pelo povo da cidade que se prolongam até duas semanas que antecedem a quarta feira de cinzas, com desfiles diários de carros alegóricos, com as pessoas fantasiadas, dançando ao som das bandas de jazz, a multidão se diverte, jogando todo tipo de “bugigangas” nos espectadores. A festa tem seu apogeu na terça, no Dia de Mardi Gras, dia que antecede a quarta feira de cinzas, onde a festa rola noite adentro e não tem hora para parar. Nova Orleans também possui outras opções para o turista aproveitar mais a viagem, como passeios de barco, visita a museus, teatros e monumentos históricos e culturais, sem contar o conforto de uma refinada hotelaria.
A gastronomia esta associada à culinária "Cajun" e "Créole", termos ligados à colonização francesa e africana. São pratos que misturam carnes brancas como frango e o peixe, com legumes como o quiabo e o tomate e grãos como o milho, além da carne de porco, regados a muita pimenta.
Vinculada diretamente o Jazz de Louis Armstrong, Nova Orleans passou por uma catástrofe natural em 29 de agosto de 2005, quando o Furacão Katrina, devastou toda a região, mas graças a ações de várias personalidades a cidade vem sendo reconstruída culturalmente, economicamente e espiritualmente, trazendo seu glamour de volta, coisa que o presidente Bush nem deu importância, pois estava mais preocupado com seus “jogos de guerra” e nem quis dar atenção ao povo negro do sul dos Estados Unidos.
Apesar de tudo, Nova Orleans está pronta novamente para receber turistas, com muita festa e diversão, e para quem deseja conhecer os Estados Unidos, além dos parques temáticos, a “Capital Mundial do Jazz” é um ótimo destino turístico, onde o visitante pode conhecer um pouco da cultura desta destacada e diferenciada cidade norte-americana.

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